Perspectivas para a situação econômica em tempos turbulentos, junho de 2023

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Pela primeira vez em mais de um ano, os executivos globais estão mais otimistas do que pessimistas quanto à situação da economia. Em nossa última Pesquisa Global McKinsey sobre a situação econômica,1 os entrevistados mostraram ter em comum visões mais positivas sobre o estado atual da economia de seu próprio país e da economia mundial, bem como uma perspectiva global cada vez mais esperançosa. Embora a instabilidade geopolítica e a inflação ainda predominem como riscos ao crescimento nacional e global, os entrevistados observam o surgimento de alguns riscos ao crescimento da economia mundial. As respostas deles também indicam uma evolução da visão do panorama das taxas de juros, sendo que, desde junho de 2021, não havia uma parcela tão pequena de executivos que preveem que a taxa de juros de seu país aumentará.

A visão da situação nacional vem melhorando, mas há algumas diferenças regionais

Em termos gerais, os entrevistados relatam opiniões mais positivas sobre sua economia nacional do que no ano passado (Quadro 1). Quarenta e oito por cento dizem que a situação econômica nacional melhorou nos últimos seis meses, ante 40% no último trimestre.

Os entrevistados partilham de visões mais positivas de sua própria economia e da economia global do que no ano passado.

Ao mesmo tempo, há algumas mudanças e diferenças dignas de nota conforme a região – sobretudo na Índia (Quadro 2). Os entrevistados relatam uma visão muito mais otimista do estado de sua economia do que relataram em março: 85% dizem que a situação está melhor agora do que há seis meses, ante 46% que disseram o mesmo em março. Também estão muito mais otimistas com relação à situação do próprio país do que os pares de outras regiões geográficas.

Em contraste, as perspectivas econômicas nacionais se mantêm estáveis desde a última pesquisa, sendo que quase metade dos entrevistados acreditam que a situação melhorará nos próximos seis meses. Também coerente com os resultados do último trimestre é o fato de que a inflação, a instabilidade e os conflitos geopolíticos e o aumento das taxas de juros ainda são vistos como os três principais riscos ao crescimento econômico nacional.2

Evolução da visão do panorama das taxas de juros

Embora as taxas de juros continuem sendo um dos três principais riscos ao crescimento nacional, outros resultados indicam uma mudança da percepção dos entrevistados a respeito do tema. Pela primeira vez desde junho de 2021, menos da metade dos entrevistados acreditam que a taxa de juros de seu país de origem aumentará nos próximos meses (Quadro 3).

Embora os entrevistados de economias emergentes estejam mais propensos a prever taxas iguais ou menores do que seus pares de economias desenvolvidas (61% ante 42%), mesmo os da Europa e da América do Norte estão menos propensos a prever aumentos das taxas agora do que no último trimestre ou ao longo de 2022. Também perguntamos sobre a probabilidade de os bancos centrais continuarem a elevar as taxas de juros para controlar a inflação, e 61% dos executivos acreditam que é algo razoavelmente ou muito provável – mesmo que seu país de origem entre em um momento de forte recessão, aumento da pressão sobre o sistema financeiro e crescimento do desemprego.

À medida que cresce o otimismo global, surgem novos riscos

As visões dos executivos sobre a economia mundial também estão ficando mais esperançosas, sendo que uma parcela cada vez maior de entrevistados relata uma situação global melhor e uma perspectiva positiva para os próximos meses (Quadro 4).

E, embora continuem mencionando a geopolítica e a inflação como os principais riscos ao crescimento global, os entrevistados identificaram algumas ameaças que vêm despontando. Os percentuais que citam desigualdade de renda e transições de liderança política cresceram desde nossa pesquisa de março, enquanto os percentuais preocupados com a volatilidade do mercado financeiro e a inflação (que continua sendo um dos dois principais riscos) diminuíram (Quadro 5).

Pela primeira vez, também perguntamos aos entrevistados sobre quatro cenários de como a economia global e o balanço patrimonial podem evoluir no longo prazo,3 e suas respostas indicam um alto grau de incerteza quanto ao caminho econômico pela frente (Quadro 6). Mais de 20% dos entrevistados classificam três dos quatro como os de ocorrência mais provável, sendo que a maior parcela (30%) apontou a “Redefinição do balanço patrimonial” – caracterizada pelo aperto fiscal e monetário e pela pressão sobre o sistema financeiro que levaria a uma desalavancagem prolongada e a uma “década perdida” em termos de crescimento – como o cenário mais provável. Ele é seguido de perto por “Mais altos por mais tempo” (29%), que envolve uma demanda mais forte por parte do consumidor e investimentos mais altos (que mantêm altas as taxas de juros e a inflação), crescimento sólido e a riqueza real com valor mais baixo devido à inflação.

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