Repensando tudo: um roteiro para prosperar na era da IA agêntica

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Houve alguma inovação tecnológica recente que tenha gerado reflexões mais radicalmente divergentes do que a IA agêntica, também conhecida como IA autônoma? Teríamos dificuldade para pensar em uma.

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Dependendo do que lemos ou com quem conversarmos, os agentes de IA – sistemas baseados em modelos de fundação da IA generativa que são capazes de agir no mundo real e executar processos em várias etapas – nos levarão a uma utopia de alta produtividade. Ou tornarão obsoletas parcelas enormes da força de trabalho. Ou levarão os robôs a dominar o mundo. Ou concederão superpoderes a todos nós. Ou tudo isso junto.

Se quiserem se preparar para esse futuro incerto, os executivos precisarão deixar de lado as emoções nessa conversa. Promessas estão em toda parte; há, no entanto, uma escassez de pensamento crítico.

O potencial da IA agêntica certamente parece significativo, ainda mais que a tecnologia continua em ritmo acelerado de aprimoramento. E está prestes a transformar o trabalho do conhecimento e a reconfigurar a própria natureza da concorrência.

Entretanto – e perdoem-nos por recorrer ao Homem-Aranha como inspiração – com grande poder vêm grandes responsabilidades. As escolhas que os líderes fizerem hoje moldarão não apenas suas empresas, mas o futuro do trabalho nas próximas gerações.

Diante dos exageros tanto dos catastrofistas como dos que glorificam a IA agêntica, não é fácil discernir qual é a realidade dos fatos, ainda mais considerando o quanto ainda permanece uma incógnita. Mas de uma coisa podemos ter certeza: ainda haverá muitas mudanças à frente. Contudo, isso não é desculpa para não pensarmos seriamente sobre cenários, opções, oportunidades, riscos e investimentos.

É por esses motivos que estamos lançando uma iniciativa especial, o “Enterprise AI Dialogue” [Diálogo sobre IA nas Empresas], uma série de publicações, entrevistas e webinars que visa reunir líderes globais de negócios, tecnologia e academia das áreas de estratégia, tecnologia, organização e operações para definir como será a liderança na era da IA agêntica. Esperamos que esse esforço auxilie os executivos a fazer escolhas bem informadas a partir de lições práticas aprendidas no campo, e se torne uma fonte constante e atualizada de inspiração sobre o que é preciso para alcançar o sucesso nos novos tempos.

As seis partes do plano de ação do CEO

Uma das questões fundamentais que afligem os líderes é não saber ao certo onde concentrar suas energias para a IA e a IA agêntica. Isso é compreensível, tendo em vista o quanto ainda desconhecemos e a rapidez com que o cenário está mudando. No entanto, essa indefinição também leva as empresas a perseguir falsas promessas e a dispersar seus recursos.

Os seguintes tópicos deste pequeno plano de ação podem contribuir para estruturar e disciplinar o processo estratégico. No espírito de criar um fórum que estimule discussões e soluções, esses tópicos podem ser tidos como provocações ou afirmações a serem contestadas e adaptadas à medida que formos aprendendo e crescendo.

IA: a nova colega disruptiva dos trabalhadores do conhecimento

Recalibrando a diferenciação: o colapso das barreiras competitivas

Reimaginando o valor: da eficiência ao valor exponencial

Reestruturando os fluxos de trabalho: da implantação horizontal para os “verticais”

A ascensão das organizações agênticas: mais planas, mais enxutas, mais rápidas e mais fluidas

Desenvolvendo um superpoder de aprendizado: como construir visando a adaptação contínua

Obrigações do líder: ações ousadas, responsabilidade pessoal

A inteligência artificial não é um desafio tecnológico ou um projeto que o CEO possa delegar. CEOs e conselhos de administração precisam adquirir fluência pessoal em IA, realizar experimentos com a tecnologia e lançar pelo menos uma ousada transformação de ponta a ponta. Paralelamente, precisam reestruturar a governança de modo a equilibrar velocidade, responsabilidade, autonomia e boa gestão.

Acima de tudo, os líderes precisam ter uma orientação ética clara, de modo a assegurar que o avanço da IA criará prosperidade e confiança duradouras, e não apenas ganhos imediatos.

A IA não é uma escolha; é uma inevitabilidade. Exige um novo tipo de liderança – ousada, adaptável e sem medo de desafiar o status quo. As perguntas que fazemos nesta série não são apenas teóricas ou hipotéticas; são existenciais – não só para as organizações, mas para a sociedade como um todo.

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